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Hiking clouds!

Ah, os pés sem chão. Os pés acima de tudo que tocamos e conhecemos. Encarando as coisas e escondendo – durante alguns minutos – a nossa capacidade de não esquecer das coisas. Tão importante quanto lembrar é esquecer. Tão importante quanto esquecer é aprender com esse esquecimento. Transformar as lembranças em coisas novas, reciclar e saber que as coisas acontecem sim por acaso, mesmo que esse acaso seja encarado como destino.

E se o destino for só esquecer das coisas ou não parar de lembrar nunca? De nada adianta a mediocridade da razão se a emoção e a adrenalina são as formas que encontramos de fugir das coisas que mais nos assolam. Numa analogia barata, é como se para secar o chão usássemos apenas água.

O que nos alimenta desesperadamente todos os dias é uma coisa que ainda não entendemos bem, uma coisa que está além do alcance da compreensão ou dessa razão que vos falo. Minha razão só serve para dar asas à minha imaginação.

Do alto da minha cabeça, onde meus olhos vêem e meu corpo pensa, os sentimentos se distinguem em duas categorias: as coisas que eu quero loucamente e as outras que não quero loucamente.

A única coisa em comum, é claro, é a loucura e a ânsia de saber distinguir entre as duas.

Whatever, huh?

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Quereres

E se pudéssemos ver além do que vemos?

Eu queria ver a tristeza por trás da vida do palhaço e a alegria de alguém que não teve sorte na vida. Queria ver a riqueza e a magnitude do caráter de uma pessoa comum ou o talento com que cada pessoa, sem exceção, nasce. Queria ver boas intenções das pessoas sem que algum ditado pessimista viesse me assolar depois. Queria sentir a imensa tristeza que algumas pessoas sentem ou a solidão a que elas são expostas. Queria ter a real dimensão do fardo que algumas pessoas carregam ou da sorte que algumas pessoas têm e não dão valor. Queria ver um mundo realmente novo em que as pessoas apenas se importassem com o que outras pessoas sentem. Queria entender, ao seu tempo, o motivo das atitudes das pessoas ou entender que algumas vezes fazemos coisas para as quais não temos explicação. Queria ter a sensibilidade para entender que as pessoas erram e que o erro, em algum grau, é justificável. Queria entender porque precisamos ver os defeitos dos outros para justificar os nossos ou qual a razão do nosso amor pelos outros precisar de argumentos. Queria rejeitar os rótulos e viver apenas aceitando que as pessoas são diferentes pelo simples fato de serem outras pessoas. Queria não ser tão cruel e egoísta e poder enxergar a simplicidade nas coisas sem contestá-las. Queria aprender, antes de me apaixonar loucamente por alguém, a gostar muito mais de mim.

Queria não ser tão humano.

Whatever being

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